A velocidade das mudanças tecnológicas tem impactado a sociedade como em nenhum outro momento da história. A transformação digital tem afetado a vida cotidiana de pessoas, empresas e governos, desafiados a responder às novas possibilidades tecnológicas e aos impactos que elas produzem sobre nosso modo de vida.
Temos hoje um mundo de hiperconexão entre objetos e pessoas, transmitindo e recebendo dados entre si e tomando decisões com apoio de aplicações de inteligência artificial, big data e outras tecnologias emergentes. Esse cenário nos traz à realidade o termo IoT, abreviação para Internet of Things, ou Internet das Coisas, que trata de uma rede de objetos ligados à internet com o objetivo de conectar e trocar dados e informações com outros dispositivos.
Segundo pesquisa recente elaborada pela Associação Brasileira de Internet das Coisas (ABINC), temos mais de 27 bilhões de dispositivos conectados ao redor do mundo e com um dado interessante: temos hoje mais dispositivos IoT conectados (como carros, robôs e equipamentos domésticos) do que dispositivos não IoT (notebooks, smartphones e desktops).
Neste contexto, organizar a gestão das cidades sob a perspectiva da Internet das Coisas, que evolui e muito o conceito de Cidades Inteligentes, é crucial e constitui um dos desafios de primeira ordem para os governos locais. É imprescindível e necessário tomar decisões sobre todas as dimensões da vida urbana sob a ótica da aplicação intensiva de recursos tecnológicos e conectividade.
Santo André tem apostado desde já na estruturação de uma plataforma de gestão de dispositivos IoT para a melhoria de serviços e processos. Na área de segurança, várias das centenas de câmeras espalhadas pela cidade já possuem licenças de leitura de placas, reconhecimento facial e análise de dados que enviam eventos de forma automática ao Centro de Operações Integradas (COI) para rápida ação dos operadores. Paralelamente, a Defesa Civil tem investido na instalação de sensores pluviométricos e estações meteorológicas para prevenção de enchentes e desastres.
Até mesmo as atividades mais corriqueiras têm sido automatizadas através do uso de sensores IoT, como o controle da iluminação de prédios públicos, cujos quadros elétricos são geridos por meio de aplicativos para celular, e o monitoramento da frota municipal, cujos veículos se comunicam entre si por redes de dados GPRS e LoRa.
Todas estas ações ainda serão fortalecidas com a criação de um grupo de IoT e Ciência de Dados criado em parceria entre as Secretarias de Inovação e Administração e de Desenvolvimento e Geração de Emprego. Assim, seguiremos fortalecendo a cultura de pioneirismo e inovação que sempre foram marcas de Santo André.